8 de fevereiro de 2013

DIAS NO HOSPITAL PARTE 1


 Peço 1.000.000.000.000.000.000 de desculpas por não postar.

Não, eu NÃO abandonei o blog. Mas minha cabeça está a 1.000 essas últimas semanas.

Eu estava sentindo muito enjoo. Enjoo MESMO. NOJO de comida.
Minha menstruação atrasou 2 dias e eu fui correndo fazer o Beta hcg. O que eu não sabia, é que o pedido de exame que eu tinha, era de qualitativo - que só diz NEGATIVO ou POSITIVO, sem dizer a quantidade de hormônio. Fiz, e deu inderteminado. Fiquei hiper animada. Todo mundo me dizendo que era positivo, que inderteminado SEMPRE é positivo.

Pois bem.

Minha avó sonhou com abobrinha verde. EXPLICO:

Toda vez que vovó sonha com abobrinha verde, alguém da família engravida. É na mosca! Bater e valer! Todas as vezes deu certo!

Isso me deu mais um pontinho de esperança.
Minha sogra também sonhou. Minha mãe. Eu.

Muita coinscidência, não?

Sonhei de novo. Desta vez que perdia o bebê. Sonhei 3 vezes. Acordava e sonhava de novo.

Esperando as 48hs para repetir o exame, do nada, assim do NADA mesmo, veio um sangramento terrível.

Tão terrível a ponto de eu me levantar e sujar todo o chão de sangue. Um sangue escuro.
Com grandes coágulos.

Logo depois, uma dor cortante. Tão forte ou mais forte que a dor que eu tinha na época do cisto no ovário.

Fiquei triste, pensei até em aborto. Mas não falei nada pra ninguém, e fiquei quieta. Triste e quieta.

De manhã, minha avó ligou e perguntou como eu estava. A preocupação não só pela possível gravidez, mas também pela grave infecção de urina que eu ainda tenho. Contei do forte sangramento, da dor cortante e do indeterminado.

As palavras dela cortaram meu coração. "Ah, Débora. Então você abortou. Com certeza!"
E ela ainda disse que a culpa foi de uma injeção que eu tomei. Injeção de morfina, que a médica me deu mesmo sabendo que eu suspeitava de uma gravidez.

Falei com minha mãe, falei com algumas meninas na internet, falei com minha tia. E TODOS brigaram comigo e mandaram eu ir correndo ao médico.

Começou a correria.
Eu tinha passado dias indo ao hospital pelas dores nos rins. E fui de novo.
Encontrei um médico HORRÍVEL. Não deixava eu falar, Interrompia minhas perguntas. Péssimo!

Fiz um beta quantitativo. Deu inderteminado DE NOVO. Fiz exame de urina, e INFECÇÃO ALTÍSSIMA mesmo tendo tomado antibiótico por 1 semana..

Perguntei (sério!) no mínimo umas 5 vezes - "Dr. porque inderteminado?". E ele respondia sem nem sequer olhar pra mim, "não tá pronto", e eu "o que Dr.? O que não está pronto?", e ele nada. Fingia que nem escutava.
Quando perguntei de novo, ele se irritou e disse "mostra pro seu médico!" com um tom como se quisesse encerrar a consulta.

E ele foi assim só comigo. Com as outras moças ele foi super legal. Ele não deve gostar de loiras, sei lá!

Fui embora então.
Ele tinha dito antes, que não teria como saber se foi um aborto. Só com um ultrassom. E naquele hospital não tinha.
E quando perguntei do sangue escuro, ele sem nenhuma consideração, disse "isso aí são ovários micropolicísticos".

Saí do consultório sem chão. Ovários micropolicísticos? Preferia ter um aborto do que ovários micropolicísticos.

Já era 23hs e pouco da noite. Fui pra casa.

Com um pouquinho de esperança, orei e pedi a Deus. Entreguei os médicos nas mãos Dele. E pedi que não fossem os olhos, os ouvidos e as mãos dos homens, e sim as Dele.

Fui de novo pra outro hospital. Fui no primeiro e não tinha ultrassom. Fui no segundo.
Sorte, que o outro médico de um outro dia, muito simpático por sinal, tinha me dado um pedido de exame escrito URGENTE  e eu lembrei de levar.

Com isso, consegui fazer os exames.

Fiz ultrassom dos rins e um do útero e ovários.

Fui para outro hospital (de novo) mostrar os exames. A mesma clínica daquele médico horrível. Fiz a ficha e esperei me chamarem.

A sala estava vazia e nada de me chamarem. Meu marido "mo, vai lá" e eu "não, vou esperar". Depois do meu marido falar umas 10 vezes pra eu ir lá na médica, eu fui. E descobri que tinham perdido minha ficha. Ou seja, eu ia ficar mofando lá até agora se não tivesse ido até a médica.

E enfim, uma coisa boa aconteceu.

-- (eu dividi o post em 2 porque estava muuuito grande. Aguardem a parte 2!) --

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