6 de janeiro de 2013

RESULTADO DO DIA 06/01/13


Minha vontade é me afastar. Ficar sozinha e chorar.
Me sinto impotente e sem fé.
Pensei que a mulher tinha sido feita pra sentir quando tivesse chegado a hora certa.
E eu pensei que a minha tinha chegado, mas não.
A minha certeza foi cortada pela dor. Pelo desânimo. Pela falta de fé.

Passei a semana sonhando, literalmente sonhando.
Sonhei que sentia uma dor e ao chegar no médico, fui encaminhada para uma ultra de emergência.
E ao chegar lá, a moça me dizia que tinha uma "surpresinha" lá. Um bebê.

Um sonho não real.

Passei a semana sem dores físicas, sem sinal de menstruação. Senti enjoos que jamais tinha sentido. Quase vomitei por vários dias pela manhã.
E juro, que tentei ao máximo não me prender aos sintomas, ao psicológico.
Mas eu senti, de verdade, todos esses sintomas.

E o que mais me dói. Todas as vezes que meu marido disse "oi neném! Aqui é o papai!".
Me dói ao lembrar do meu marido colocando o ouvido na minha barriga pra ouvir o coração do bebê.
Todos os beijos na minha barriga. Carinhos. Assoprões no umbigo para mandar oxigênio pro bebê (uma brincadeira dele).

Eu estava sonhando que dia 08/01, terça-feira, eu iria dar de aniversário pro meu marido, a notícia de que ele seria pai.

Sei que posso estar sendo infantil. Sei que faz só 2 meses de tentativa. Mas me dá muito medo. Medo de não conseguir. Medo de passar toda a dor (dos cistos nos ovários) de novo.

Só sei que agora me sinto incapaz, impotente. E irei me sentir assim até eu conseguir ser mãe.

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