A pergunta que eu mais recebo aqui no blog, ultimamente, é: "o que aconteceu, Débora?", "porque sumiu?".
O motivo é porque andei doente. Para falar a verdade, eu ainda estou, mas agora em um estado menos crítico.
Vou explicar tudinho em detalhes, então, prepara o bumbum porque ele vai doer de tanto você ficar sentada. A história é longa!
05/08/13
Eu já estava há uns dias desconfiada de que eu pudesse estar com infecção urinária. Aqueles sintomas comuns, dor e ardência ao urinar, etc.
Já tinha aproximadamente 4 dias de atraso menstrual, e como nós tentantes sempre temos esperança, fiquei preocupada de estar com infecção urinária e grávida ao mesmo tempo, o que poderia ser um problema para o bebê.
Com cólicas renais, fui para a emergência. Fiz exame e comecei a tomar antibiótico para uma infecção que estava altíssima!!!!
O beta HCH (exame de gravidez) deu 11mUI/ml. Indeterminado. Mas como a partir de 20mUI/ml já é positivo, ficamos bem animados.
12/08/13
Aproximadamente 19hs da noite, comecei a notar um corrimento preto. Literalmente preto. Pensei logo: "deve ser menstruação "velha". " Esse era o pensamento que eu me obrigava a ter. Mas sabemos que lá no fundo sempre há a esperança de uma possível gravidez, e um provável aborto.
Já tinha 10 dias de atraso. Estava vomitando todas as manhãs e passando mesmo muito mal. Mas atribuí os sintomas ao antibiótico que ainda estava tomando (novamente tentando me obrigar a não me apegar aos sintomas).
Por volta de 21hs da noite, fui deitar. Comecei a sentir pontadas no ovário esquerdo, e atribuí novamente os sintomas à menstruação que estava por vir (lembrem-se: eu estava com 10 dias de atraso e somente com um corrimento escuro. Nada de sangue ainda.)
Não tenho noção de quantas horas eu fiquei sentindo dor, só sei que ela foi tomando uma proporção assustadora.
Eu não tinha comido nada o dia inteiro (por causa dos enjoos causados pelo antibiótico), e comecei a sentir o estômago vazio.
Levantei para pegar alguma coisa para comer, mas me surpreendi ao não conseguir descer nenhum só degrau.
Deitei de novo e gemi de dor.
Meu marido acordou e pela milésima vez, insistiu para que fossemos ao médico.
Ele estava tão cansado, e com pena dele eu neguei, e disse que não. E neguei não só pelo meu marido, mas porque achei que não fosse nada demais. Pensei que poderia ser cólica renal, e até mesmo gases.
Fiquei aguentando ao máximo aquela dor, que aumentava inexplicavelmente a cada hora. Fiquei deitada, gemendo de dor, e sem conseguir respirar.
E acho que essa foi a pior parte!
Eu não estava com dificuldades respiratórias, mas respirar me causava dor (que a essa hora estava em todo o meu abdome esquerdo), e não conseguir respirar é angustiante.
Na mesma posição há horas, eu tentei me virar, e gemi alto de dor ao tentar me mexer, inutilmente.
Me rendi a insistência do marido, e pedi para que eu fosse ao hospital.
Sem conseguir me mexer, com dificuldades para respirar, e chorando de dor, sinceramente, pensei que eu poderia morrer.
Pode parecer drama, mas não é. Nunca senti uma dor tão forte na minha vida. E a essa hora eu já estava imaginando 1000 coisas.
Pensando no tanto tempo de atraso, na contagem baixa de HCG, e no corrimento escuro que eu tive (que já tinha se transformado em uma cachoeira de sangue), eu tive medo de estar tendo uma gravidez ectópica (que causa uma dor insuportável).
Esperamos amanhecer, e fomos para o hospital.
No carro, a dor estava forte, porém estável. Assim que chegamos, eu fiz força para levantar e foi aí a hora em que eu senti mais dor. Foi horrível! Não tenho palavras para descrever o tamanho da minha dor.
Caí sentada no banco do carro, sem forças para levantar, e tive que aceitar a ajuda do marido.
Cheguei no hospital curvada de dor, e acho que fui colocada como "paciente prioritário" porque fui atendida bem rápido.
Falei com o enfermeiro, falei com a médica, e ela me examinou.
Disse que a suspeita era mesmo a gravidez ectópica (eu não tinha dito nada sobre a minha suspeita a ela) e me mandou fazer os exames.
Fiquei no leito por algumas horas, tomei medicação (que não adiantou em nada para diminuir a dor) e fiz os exames. Gravidez ectópica não era mais um diagnóstico cabível.
Fui fazer mais exames. Já era outro médico de plantão, e disse que a suspeita agora era cálculo renal, pois a minha infecção urinária, apesar de mais baixa, ainda estava presente.
Fiz tomografia, esperei o resultado e não, também não era cálculo renal.
Ouvi o médico discutindo sobre o meu caso com o médico que fez o meu exame, pelo telefone.
"não é cálculo renal?", "será o apêndice"?, "poxa, cara! E o que será?"
Vi o rosto dele se iluminar com uma ideia, enquanto ele escutava o outro médico falar alguma coisa.
"você tem alguma suspeita de endometriose?" - ele perguntou pra mim.
Meu coração parecia querer saltar para fora. Sim, eu tenho casos na família. E sim, a a minha médica já mandou eu fazer os exames, exames que eu não fiz, por pura teimosia.
Ele virou para mim, e disse: "olha, minha filha... não posso te dar certeza sem antes fazer os exames necessários, mas, pela minha experiência de médico, é endometriose."
E fui para casa com essa suspeita. Ainda sentindo dor, somente com a suspeita.
O exame necessário para o diagnóstico correto é a Ressonância magnética Pélvica, que por ser um exame muito complexo, não tem como fazer na emergência, somente marcando hora e com pedido médico.
Pedido esse que eu só vou conseguir amanhã (27/08) na minha consulta médica, com a GO que me acompanha.
E é isso, assim como vocês, eu ainda não sei o que eu tenho. Só sei que dói muito, e que eu estou bem assustada.
Ainda sinto dor. Nada comparado à dor que eu senti naquela noite, mas ainda dói.
Então, está explicado o meu sumiço do blog, e da vida social (já que eu sumi da casa dos parentes e da igreja)!
Agora, acompanhem essa nova "saga". Será que realmente é endometriose?
Toda a a minha família aposta que não. Eu não sei o que pensar.
Torçam e orem por mim!
Beijos, ♥ Dé.
Oi Débora.
ResponderExcluirFiquei preocupada mesmo, que tinha sumido hehehe
Então, minha amiga tinha (ou tem ainda, não sabemos) endometriose.
Durante muito tempo ela sentia cólicas terríveis, era bem notável a dor dela. Ficava meses sem menstruar ou com ciclos de mais de 40 dias, tudo bem desregular. Depois de muito investigar, se descobriu a endometriose.Foi horrível, ela sempre teve o sonho de ser mãe e a médica disse que ela era quase infértil, que para engravidar teria que fazer tratamento e fez mais um monte de terrorismo. Ela nunca havia tomado anticoncepcional, mas aí a médica receitou, disse que poderia ajudar com a endometriose. Ela tomou durante um tempo, mas como sempre foi meio atrapalhada, esquecia uns dias (hoje ela diz que era de propósito haha). Até que ela começou a passar mal, vomitar, parecia doente, não podia comer nada. Acabou descobrindo que tava grávida de 6 semanas. Hoje a Valentina, minha afilhada linda, tá com quase 6 meses, vendendo saúde, coisa maaais linda.
Só um resumo, do que eu conheço de endometriose.
Tomara que não seja, mas se for, tu vai tratar e vai dar tudo certo.
Tô aqui torcendo por ti.
Melhoras e vê se não some hehe
Beijoos
Que legal!! Obrigada por compartilhar a história!
ExcluirMuita obrigada pela preocupação! Beijos!
Melhoras, Dé!!!! =)
ResponderExcluirRenata
Obrigada, Re <3
ExcluirNossa! Espero que esteja tudo bem com você! E se realmente for endometriose, que seja um grau leve, para que você tenha seu bebê logo!! Força pra você!
ResponderExcluirObrigada, Rosa!
Excluirbeijos